sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Brincar...

 Minha vida começou longe do estado de São Paulo. Nasci na cidade de Aracajú, no estado de Sergipe, porém morei na cidade de Estância (no interior do estado), onde vivi até os meus 11 anos de idade, quando vim para São Paulo.
 Aqui, as pessoas tinham um modo diferente de falar e ser, com outros costumes, bem diferentes dos de minha terra natal. Tudo por aqui era muito estranho para mim, principalmente o clima e suas oscilações de temperatura. Cada dia me surpreendia com sol, chuva, garoa e chuva de granizo. (Para nós sergipanos, a garoa que faz aqui em São Paulo é a chuva que faz em Sergipe) Contudo, irei comentar sobre a minha paixão pela arte, que começou aqui em São Paulo nas aulas de Educação Artística, no ensino médio. Sempre gostei de pintar, de música e de teatro.
Por gostar tanto destas Artes, hoje trabalho na área da educação. Na Educação Infantil utilizamos a arte o dia todo, tanto no desenho, no brincar, no cantar músicas, ou no contar histórias.
O meu trabalho faz me recordar da minha infância, onde brincava muito na fazenda de faz de conta de casinha, de professora, de cantora, brincava com areia, de esconde-esconde, queimada, de pipa, de bolinha de gude, pega-pega, de subir em arvores, bambolê, três Maria...
Normalmente eu brincava com os meus irmãos e com os amigos deles, sempre gostei de brincar com os meninos, provavelmente por que eu só tenho irmãos e nem uma irmã. Brincávamos na fazenda ou na rua era muito divertido, minha família nunca teve boas condições financeiras e por este motivo não tinha muitos brinquedos, mas isso nunca foi impedimento para mim, pois um graveto virava qualquer coisa que eu quisesse, uma espiga de milho virava uma linda boneca, e o barro se tornava casa desta boneca.
Hoje em dia se da muito valor aos brinquedos caros, aos computadores é muito difícil ver crianças brincando nas ruas, nas praças, pois as crianças vivem trancadas dentro de casa, por causa da violência que nos rodeia, do transito e medo dos filhos serem roubados. É muito triste, pois as crianças não sabem brincar de cirandas, de cantigas de roda e de jogos. Eu me vi também nesta situação quando vim para São Paulo, a minha Mãe morria de vivíamos dentro de casa brincando com brinquedos e com o tempo fui perdendo o contato com as brincadeiras que adorava brincar.
Hoje estou me recordando de muitas brincadeiras, pois utilizo elas no meu trabalho, no meu cotidiano com as crianças, o melhor disso tudo e que eu não fico só ensinando, brinco e me divirto junto com os pequeninos.

Maria Simone Rodrigues Passos
14/10/11



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