Esse negócio de stop motion, para mim, foi mais para fast motion. Minha cabeça durante essa semana ficou muito mais rapidinha, igualzinha as imagens que dançam no vídeo... O mais engraçado de pensar é que elas eram fotografias. E a fotografia que tem sua magia única, registro uno, tempo, olhar e poesia de quem fotografa, vira vídeo. Vídeo que passa a dez piscadas e para fazê-lo, incontáveis fotografias.
E o trabalho. Cada clique da máquina tem que ser preciso a cada movimento. E o movimento. Vagaroso e pontual. Necessita de olhar apurado e arquivo mental repertoriado. É preciso conhecer a “linguagem do movimento” de tudo que existe no mundo... Animar vai do amor ao ódio...
Nossa !!!! E mais nossa, porque olha a linguagem e olha o movimento aparecendo de novo por aqui. A linguagem da fala e da comunicação (?) e os movimentos da dança, do teatro, da música...
Nossa !!!! E mais nossa, porque olha a linguagem e olha o movimento aparecendo de novo por aqui. A linguagem da fala e da comunicação (?) e os movimentos da dança, do teatro, da música...
Nunca tinha parada para refletir sobre movimentos, fazemos com tanta despretensão que nem observamos ou nos damos conta do quanto são importantes. No viver tudo é movimento, tudo é movimentar-se, mover-se. Mova-se.
Toda essa rapidez do vídeo, movimento, poesia da fotografia me fez pensar também sobre como as coisas passam rápido em nossas vidas. E nos dias de hoje as horas parecem que passam em animação de stop motion. Movimentos parados, fotografados, que ao fim do dia nos parecem rápidos, que às vezes nem nos lembramos de como foi nossa manhã, nossa tarde ou a última hora. E é bom saber que toda essa agitação ou animação de movimentos, nem sempre precisos, depende de quem anima, no caso da vida depende de quem administra. Tudo depende de quem faz!
Eu prefiro fazer da minha vida uma animação, com muitos cliques, muitos movimentos, precisos e nem tão precisos assim, com possibilidades de control+C, control+Z, control+V, e todos os “control” que tiver direito e muita fotografia para guardar no papel e na alma e quando tiver vontade e saudade animar foto a foto, porque eu adorei essa idéia de pensar que sei fazer animação!
Márcia Mendes Silva
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